NATURAL DE SÃO PAULO

Natural de São Paulo, ponto geográfico de onde se inicia a compreensão proposta por Ricardo Meper, é possível acreditar no desenvolvimento e geração de fortuna apenas apaixonado-se pelos amontoados antigos de cimento e aço que cortam o céu da maior capital brasileira, e principalmente assistindo ao arranque das audaciosas construtoras que começam a fomentar o mercado imobiliário da cidade com obras em praticamente todos os pontos da cidade.

O enfrentamento da crise financeira das décadas passadas, trouxe para a cultura brasileira, tanto das empresas como dos cidadãos, o costume das altas taxas de juros nas negociações financeiras, e credito disponível restrito para possíveis transações.

Nos cursos de Economia, Administração e até mesmo Marketing, é possível conhecer realidades próximas de indivíduos que vivenciam realidades em empresas tradicionais, que sem contatos políticos ou estratégicos, esbarram seu crescimento nas impossibilidades de investimentos, decorrentes da escassez de capital produtivo no mercado brasileiro.

Nas rodas de discussões não é nada difícil encontrar casos de indústrias e empresas que deixaram a capital de São Paulo, não somente pela questão da escassez de crédito, mas por questões tributárias, fiscalização, mão de obra e até por concorrências internacionais. Poucas são as empresas que resolveram permanecer em São Paulo e ainda não apresentam projetos ou pré-projetos para mudança em busca de benefícios fiscais que maximizem as taxas de retorno dos negócios.

Assim, com crédito para indústria nacional escasso, dificuldades tributárias e operacionais, as empresas se locomovem para cidades interioranas ou mesmos outros estados, muitas vezes elevando custos de logística, mas compensando na amenização fiscal e tributária. O que vem crescendo estrondosamente são as ofertas de serviços especializados, agenciadores, corretoras, contabilidades, assessorias jurídicas entre outros. E apesar do alavanque da indústria imobiliária na Capital de São Paulo, e todo território brasileiro, a crise imobiliária americana aponta os perigos de uma bolha no mercado de imóveis, ainda mais levando em conta as altas taxas brasileiras de financiamentos, então não precisa ser especialista para apontar os riscos futuros de inadimplência e retração do setor.

Contudo, os novos profissionais que buscam a expansão da carreira devem atentar-se para a saturação futura do mercado paulista em todos os níveis. Primeiro é fundamental considerar que não apenas São Paulo mas todo o Brasil, possui baixo potencial de crescimento devido a logística de toda cadeia produtiva. Estradas de ferro, rodovias, hidrovias, hidroelétricas, termoelétricas, usinas nucleares, usinas eólicas, telecomunicações, banda larga, fiscalizações governamentais, produção de papel, desenvolvimento nacional de software, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento formam a ponta da lança que fere e impede o desenvolvimento nacional de acontecer de forma sustentável.
São Paulo abriga hoje quase 10% da população brasileira, representando praticamente 15% do Produto Interno Bruto (PIB). O estado de São Paulo e a Cidade de São Paulo podem ser chamados de coração da economia brasileira e é por isso que as principais empresas de serviços hospedam-se por aqui.