Livro Leviatã Intelectual e a Decolonização do Pensamento: A Força das Ideias e o Controle do Saber

Leviatã Intelectual

Leviatã Intelectual e a Decolonização do Pensamento

A Força das Ideias e o Controle do Saber

Por que adquirir Leviatã Intelectual e a Decolonização do Pensamento: A Força das Ideias e o Controle do Saber é essencial para compreender o poder no mundo contemporâneo?

A obra "Leviatã Intelectual e a Decolonização do Pensamento: A Força das Ideias e o Controle do Saber", lançada em 10 de outubro de 2024 por Ricardo Menegussi Pereira, estabelece-se como um marco indispensável no campo da filosofia política, teoria crítica e estudos decoloniais, com especial relevância em um momento de intensificação das crises globais e dos movimentos por justiça e igualdade. 

Este livro, parte da série Leviatã Agonizante: Os Colossos do Poder, oferece uma análise robusta sobre a articulação entre poder e saber, investigando como a instrumentalização do conhecimento serviu historicamente à perpetuação de desigualdades estruturais e à manutenção de hegemonias. 

A obra mergulha profundamente na tradição do pensamento crítico e filosófico ocidental, estabelecendo conexões inovadoras entre as contribuições de alguns dos maiores intelectuais do século XX e as dinâmicas sociopolíticas que continuam a definir os contornos das sociedades contemporâneas.

A proposta central do autor é analisar como o saber foi capturado por elites e estruturas de poder que utilizaram o conhecimento como uma ferramenta estratégica de controle social e alienação. Pereira demonstra que a epistemologia dominante não se desenvolveu de forma neutra ou desinteressada, mas esteve continuamente comprometida com a preservação de hierarquias e privilégios. 

Em sua narrativa, ele mobiliza conceitos essenciais, como o "estado de exceção" de Giorgio Agamben, que descreve as zonas onde a soberania suspende a ordem jurídica para garantir o controle absoluto sobre a vida, revelando o quanto esses mecanismos permanecem operantes em regimes democráticos contemporâneos. Essa discussão é particularmente relevante no contexto atual, marcado por crises políticas que revelam o uso sistemático do aparato estatal para reprimir movimentos sociais e restringir direitos fundamentais em nome da segurança nacional e da ordem pública. Dados recentes indicam que mais de 68% dos países do mundo, segundo o Instituto V-Dem, enfrentam retrocessos democráticos, evidenciando a necessidade de uma reflexão crítica sobre o poder soberano e as suas estratégias de controle. Além disso, o livro oferece uma crítica contundente ao individualismo exacerbado que caracteriza as sociedades contemporâneas, propondo, a partir da ética da alteridade de Emmanuel Lévinas, uma nova compreensão das responsabilidades éticas que transcendem o egoísmo e o interesse pessoal. A ética da responsabilidade, conforme apresentada por Lévinas e reinterpretada por Pereira, sugere que a verdadeira emancipação só pode ser alcançada por meio do reconhecimento profundo do outro e pela superação das fronteiras impostas pelo pensamento colonial. Essa abordagem ressoa diretamente com as demandas dos movimentos por justiça social e igualdade, que têm se intensificado nas últimas décadas, com destaque para os movimentos decoloniais e antirracistas na América Latina, África e diáspora global. Em uma pesquisa realizada pela Fundação Rosa Luxemburgo em 2023, constatou-se que 57% dos jovens latino-americanos consideram a justiça social como uma prioridade política urgente, o que reflete uma crescente conscientização sobre a necessidade de novas formas de organização social e ética. Ao longo dos capítulos, Ricardo menegussi Pereira analisa minuciosamente as obras e as ideias de figuras centrais da teoria crítica e da filosofia política, como Michel Foucault, Frantz Fanon e Hannah Arendt, revelando como cada um desses pensadores contribuiu para a desconstrução das narrativas hegemônicas que sustentam o poder. Foucault, com sua análise das genealogias do saber e dos dispositivos de controle, ilumina como as instituições modernas – como escolas, prisões e hospitais – desempenham papéis fundamentais na conformação dos corpos e das subjetividades, contribuindo para a perpetuação das desigualdades. Fanon, por sua vez, oferece uma perspectiva radical sobre a colonialidade do poder, expondo como o racismo estrutural e a violência simbólica estão profundamente enraizados nas sociedades pós-coloniais, perpetuando formas sutis, mas devastadoras, de dominação. A análise de Hannah Arendt sobre a banalidade do mal também é mobilizada para mostrar como a cumplicidade silenciosa de indivíduos comuns pode sustentar regimes opressivos, alertando para os perigos da alienação e da indiferença política nas democracias contemporâneas.

Outro aspecto essencial da obra é a sua capacidade de conectar essas discussões teóricas a fenômenos concretos e atuais, como a crise climática e a emergência de novas formas de autoritarismo. Pereira argumenta que a crise ambiental é, em grande parte, um reflexo das dinâmicas coloniais que subjugaram tanto povos quanto territórios, explorando recursos de forma predatória e perpetuando um modelo de desenvolvimento insustentável. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a perpetuação desse modelo levará a um aumento de 2,7°C na temperatura global até 2050, caso não sejam adotadas medidas drásticas e imediatas. Essa crise ecológica, combinada com a ascensão de governos autoritários que negam a ciência e suprimem liberdades, revela a necessidade urgente de uma nova ética global e de uma reconfiguração das relações de poder e saber.

Com uma escrita clara e academicamente rigorosa, "Leviatã Intelectual e a Decolonização do Pensamento" não apenas ilumina as raízes das crises contemporâneas, mas também aponta caminhos para a superação das estruturas de dominação que persistem no mundo atual. O autor convida o leitor a repensar conceitos fundamentais, como hegemonia, resistência e emancipação, oferecendo uma perspectiva crítica que transcende os limites da teoria e se abre para a prática política e social. A obra é particularmente relevante para estudantes, acadêmicos e profissionais das áreas de ciências sociais, filosofia, teoria política, estudos culturais e estudos decoloniais, mas também dialoga com qualquer pessoa interessada em compreender as dinâmicas complexas que moldam a realidade global e buscar alternativas para a transformação social.

Em um cenário de retrocessos democráticos, desigualdades crescentes e crises ambientais sem precedentes, a obra de Pereira surge como uma contribuição indispensável ao debate público. Mais do que um livro, trata-se de um manifesto intelectual que convida à ação crítica e à busca por justiça e igualdade. A partir de uma abordagem interdisciplinar e profundamente enraizada na tradição do pensamento crítico, "Leviatã Intelectual e a Decolonização do Pensamento" oferece ao leitor as ferramentas conceituais necessárias para desafiar as fronteiras impostas pela colonialidade do saber e explorar novos horizontes de emancipação. Adquirir este livro é, portanto, uma decisão essencial para quem deseja não apenas compreender, mas também participar ativamente das transformações que definirão o futuro das sociedades humanas.

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